27.10.03

Os barulhos começam a diminuir na rua e posso ouvir as pessoas chegando em casa: janelas, talheres, crianças. Na rua, ainda buzinas – caminho para casa – chegar, dormir, viver pequenos momentos. Até que venha a hora contrária – a saída, o recomeço dos sons na rua – agora sem janelas e sem talheres.
As coisas todas parecem ter outro sentido para mim. Há quatro dias eu diria não haver sentido algum. Agora há – ele voltou – mas o lugar a que se volta é sempre outro, diria Álvaro de Campos. E o sentido vem re-significar as coisas – o tempo não é mesmo estático. Ainda bem. L’Amant na minha frente. A vida na minha frente – em processo. Acho que estou feliz e um pouco confusa com a falta de porquês. Mas vivo um momento doce. E ele é agora.

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