29.2.04

O caos... Esse gigante frouxo! Caga-se todo diante do buraco. E vai ser sugado por uma pequena dose de orgulho ou de vaidade ameaçada. Ele não se autodestruirá, é um frouxo. Vamos ter o prazer de ligar a cadeira elétrica, apertar a tecla apocalíptica. A vingança.

Boi, boi, boi da cara preta pega esse blog que tem medo de careta!

20.2.04



a câmera e os homens - jean rouch
... de poesia, cinema, letras e imagens....
morreu jean rouch.

Jean Rouch died, early this morning in a car accident at 5OO miles from
Nyamey. The shock was sudden and he did not suffer. His wife Jocelyne, his
friend Damoure Zika and other friends were with him. They are injured but
safe. We are all very sad, but, in a way he died very young at the age of
88. Truly yours. Jean-Paul Colleyn

18.2.04

17.2.04



flaherty por bresson



(a foto foi tirada enquanto Pessoa passeava pelas ruas da cidade na gravação de O Céu de Lisboa)
Catador, sabes do que falo...

A Criança Que Ri na Rua - Fernando Pessoa
 
A criança que ri na rua, 
A música que vem no acaso, 
A tela absurda, a estátua nua,
A bondade que não tem prazo -

Tudo  isso excede este rigor
Que o raciocínio dá a tudo, 
E tem qualquer cousa de amor, 
Ainda que o amor seja mudo
pra cacá

Porquinho-da-Índia - Manuel Bandeira


Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele prá sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas . . .


— O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada.
Bilhete


Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

(mário quintana)

15.2.04

pra mensageira e pra mim mesmo

Cansaço
(Rumo)


Cansaço!
Esse sentimento infinito
Tomou conta de mim
De um tal jeito
Eu procurei definir:
É preguiça, incapacidade de seguir...

Cansaço!
De tentar ocupar um novo espaço
Esse cansaço é físico e mental
Eu ando tão desanimado
Que nada nesse mundo
Me arrasta além de mim
Além desse bendito cansaço

Deve ser um sentimento particular
Então eu saí pela cidade
Mas a violência de seus dias é tamanha
Espantou a esperança que eu trouxe
Da última viagem
E ela foi embora

Agora estou vazio,
Sem palavras, sem imagens
Felicidade me abrace, bem forte
Eu tenho certeza que um sentimento novo vem
E não é cansaço
Não é não

13.2.04

Tres minutos restantes na internet, soh mesmo pra dizer: que sinto saudades, que amo voces, que sinto falta de ler alguns dos emissarios (kde pierrot?)
Desespero, tenho que ir trabalhar.
ontem a bárbara me passou uma frase da clarice (numa carta destinada ao fernando sabino). pensei que para nós, eternos "desesperados" e trabalhadores,
a máxima se compunha perfeita:

"... acabei de passar uma semana das piores em relação ao trabalho. Nada presta
não sei por onde começar, não sei que atitude tomo, não sei de nada. Digo a mim
mesma, não adianta desesperar, desesperar é mais fácil que trabalhar..."

11.2.04

10.2.04

" Se um dia te afastares de mim, Vida, o que nao creio - pois algumas intensidades tem a parecenca da bebida - bebe por mim paixao e turbulencia. "

Bebamos, pois.

Dar adeus a Hilda e saber que vou perder a ultima apresentacao do Rumo me deixaram levemente melancolica apos entrar no blog...

9.2.04

aguardem: Ata da Missao Boipeba!
"Uma caravana rumo ao Rumo"


Convocação a todos emissarios.

Os integrantes do antigo grupo Rumo se reunem para o que deverá ser o último show do grupo. Em comemoração ao lançamente da caixa com todos seus cds, o show acontecerá em março no sesc pompéia. Simplesmente imperdível. Presenças confirmadas: pescador, encantador e pastor. Quem sabe aproveitamos para fazer um geca paulistano. viva a lira!
irado frente às traições, o marido estava decidido a acabar com a vida da esposa. Para levar a efeito tal tarefa ele contratara "el asesino paraguayo"...

E lá vai ele. Um frio, um profissional, arma empinada, passos decididos, tenis rebock. Com apenas um golpe destroça a maçaneta do aposento onde a nua ainda ofega.

- Soy el asesino paraguayo. Estoy aqui para matarte.

- Para que?!!!

- PA RA GUA YO!!!

7.2.04

cacá. ficamos órfãs de poesia. à hilda.

(alcoólicas)

Te amo, Vida, líquida esteira onde me deito

Romã baba alcaçuz, teu trançado rosado

Salpicado de negro, de doçuras e iras.

Te amo, Líquida, descendo escorrida

Pela víscera, e assim esquecendo

Fomes

País

O riso solto

A dentadura etérea

Bola

Miséria.

Bebendo, Vida, invento casa, comida

E um Mais que se agiganta, um Mais

Conquistando um fulcro potente na garganta

Um látego, uma chama, um canto. Amo-me.

Embriagada. Interdita. Ama-me. Sou menos

Quando não sou líquida.

***