26.2.07

21.2.07

VI

Tudo vive em mim. Tudo se entranha
Na minha tumultuada vida. E por isso
Não te enganas, homem, meu irmão,
Quando dizes na noite, que só a mim me vejo.
Vendo-me a mim, a ti. E a esses que passam
Nas manhãs, carregados de medo, de pobreza,
O olhar aguado, todos eles em mim,
Porque o poeta é irmão do escondido das gentes
Descobre além da aparência, é antes de tudo
LIVRE, e por isso conhece. Quando o poeta fala
Fala do seu quarto, não fala do palanque,
Não está no comício, não deseja riqueza
Não barganha, sabe que o ouro é sangue
Tem os olhos no espírito do homem
No possível infinito. Sabe de cada um
A própria fome. E porque é assim, eu te peço:
Escuta-me. Olha-me. Enquanto vive um poeta
O homem está vivo.

HH

9.2.07

Incêndio III

"O invisível também queima: a água viva, por exemplo".

escrito pelo Pierrot para este blog, às 13h41 do dia 25 de outubro de 2003 (sim, o tempo passa).

Incêndio II

Uma explicação possível para o problema dos incêndios pode estar no facto de os portugueses, de uma maneira geral, darem pouca importância à sua flora. Basta pensar que há ainda muitas pessoas que se recusam a comer iogurtes com bífidos activos ao pequeno-almoço.

Incêndio I

A última informação que tenho é esta: no distrito do Porto há 32 incêndios acesos.

3.2.07