28.7.05

Entomologista do Cotidiano

27.7.05

Charles Fourier expões assim o que ele considera o objetivo a ser atingido:

"A mecânica das paixões, ou das série de grupos, é a tendência a pôr as cinco energias sensuais, 1.gosto ,2.tato ,3.visão, 4.audição,5.olfato,de acordo com as quatro energias afetivas, 6.amizade, 7.ambição,8.amor,9.paternidade. Este acordo se estabelece pela intermediação de três paixões sensitivas, conhecidas e difamadas, que aqui eu lembro, 10. a Cabala, 11. o Borboletar (a necessidade de variar seguidamente os objetos de gozo e querer cada vez mais prazeres) 12. o Compósito (aquilo que junta elementos diferentes e expressa a necessidade de gozar simultaneamente de dois prazeres cuja mescla eleva a embriaguês ao nível da exaltação).Assim, as paixões sensitivas satisfazem os cinco sentidos, e as paixões afetivas modelam nossas relações com o outro, seja ele amigo sócio ou parente."

26.7.05

Fato é: o jornal "O globo" de hoje (26 de julho de 2005) desapareceu das bancas em Belo Horizonte, quiçá em toda a Minas Gerais, após a notícia de que o esquema Marcos Valério funciona desde 1998 com o atual senador Eduardo Azeredo do PSDB. Varri todas as bancas do meu bairro e não consegui encontrar um exemplar desse jornal. Na última, o rapaz me perguntou "o quê que tem nesse jornal que todo mundo está procurando?" Disse que foi o único que resolveu apontar o esquema Marcos Valério-PSDB em Minas e que Eduardo Azeredo quase chorou na tribuna. E ele respondeu: "Ah! Entendi... a mídia tá camuflando, né?!". Eu apenas sorri um sim.
Voltei para casa com a dúvida: estaria Aécio Neves (gov. de Minas) e sua fiel escudeira comprando loucamente todos os jornais do estado? Ou as pessoas estão indignadas com a mídia que só faz enxovalhar o PT?
Preciso urgentemente de um exemplar em bom estado de conservação, alguém poderia conseguir um para mim? Por favor, encaminhem este meu pedido, caso não tenha... quem sabe alguém em São Paulo, Basília, Rio, Acre etc. etc. etc.
PT saudações!

24.7.05



pontal do peba

23.7.05

para quem ainda não leu:

www.agenciacartamaior.uol.com.br

(artigo do beto na carta maior. publicado em 12 de julho de 2005. "O desmanche do OP em São Paulo"

22.7.05




















para a sacerdotisa da lacuna eterna

dizem que quem consegue perceber formas contidas nas imagens são pessoas com potencial criativo.
eis a bailarina de azul
que nos dá de presente as duas baianas de pierre verger.

20.7.05

Je veux cette musique..

19.7.05

"Reflexo

O lago em círculo
círculo água
céu apreendido
eternidade no tempo."

Orides Fontela

beijo no coração dos que foram e também dos que não foram a Praia do Espelho,,

17.7.05

antes que eu pire ainda mais,
alguém saberia me dizer...
por que o mac lê meu blog em japonês?
como mudar isso?


as impurezas do branco

13.7.05

centro da cidade. sem poesia.

porque esperar o ônibus durante trinta minutos com uma voz monótona colocada bem atrás de você cantando a cada 30 segundos: "porta cartão é 1 real" é quase enlouquecedor.

11.7.05

cena 2

centro da cidade, 16h

personagens:

a mendiga o transeunte e o bloco de percussão: crianças vestidas de azul tocam tambor. TUM TUM TUM. o som se espalha e alcança o corpo da mulher metida em retalhos vermelhos. ela agora se pensa a rainha da bateria. não. ela agora é a rainha da bateria. levanta os braços negros e velhos marcando o tempo. UM DOIS UM DOIS UM DOIS. chacoalha as cadeiras como em tempos remotos. sorri uma boca banguela. insinua o corpo e tira para a dança o transeunte. um homem envergonhado e sem jeito, que ensaia talvez os passos mais leves que já sambara na vida. mas o homem é pouco afeito a essas belezas. desvencilha-se da mulher aos solavancos e vai-se embora sem tornar o rosto. a mulher pára. imóvel. acompanha imóvel o amante que parte. o som suspende o espaço. TUM TUM TUM. e a mulher levanta os braços negros e velhos marcando o tempo. UM DOIS UM DOIS UM DOIS. e sorri uma boca banguela. e chacoalha as cadeiras. e faz um gesto de reverência. cetro e coroa nas mãos. a rainha da bateria.

8.7.05

Dez anos
por Clarice Lispector

- Amanhã faço dez anos. Vou aproveitar bem este meu último dia de nove anos.
Pausa, tristeza.
- Mamãe, minha alma não tem dez anos.
- Quanto tem?
- Acho que só uns oito.
- Não faz mal, é assim mesmo.
- Mas eu acho que se deviam contar os anos pela alma. A gente dizia: aquele cara morreu com 20 anos de alma. E o cara tinha morrido mas era com 70 anos de corpo.
Mais tarde começou a cantar, interrompeu-se e disse:
- Estou cantando em minha homenagem. Mas, mamãe, eu não aproveitei bem os meus dez anos de vida.
- Aproveitou muito bem.
- Não, não quero dizer aproveitar fazendo coisas, fazendo isso e fazendo aquilo. Quero dizer que não fui contente o suficiente. O que é? Você ficou triste?
- Não. Vem cá para eu te beijar.
- Viu? Eu não disse que você ficou triste?! Viu quantas vezes me beijou?! Quando uma pessoa beija tanto outra é porque está triste.